“Partilhar o melhor de nós

 “Murialdo, nosso companheiro de viagem

As comemorações dos 120 anos da santa morte de São Leonardo Murialdo e dos 50 anos de sua Canonização, conduziram-nos a declarar um Ano Murialdino, aberto em Buenos Aires no dia 30 de março de 2019, com encerramento previsto para   maio de 2020, em Turim (Itália).

Durante esse tempo,  a família murialdina  desejou e não mediu esforços para que esta celebração  animasse as comunidades  a continuarem seriamente buscando a santidade nas pegadas de São Leonardo Murialdo,  vivenciando o Tema “Partilhar o melhor de nós” e o Lema: “Murialdo, nosso companheiro de viagem”, como  uma bonita e bem unida família.  E assim está acontecendo.

Encerramos esse ano de graças, em nossas casas, cuidando da vida, a exemplo de São Leonardo Murialdo, ao qual rogamos que continue conosco, sendo nosso Companheiro de Viagem por esse tempo de pandemia, fortalecendo em nós a confiança de que “ESTAMOS NAS MÃOS DE DEUS, ESTAMOS EM BOAS MÃOS.”

10 Encontro  Tema: MURIALDO VIVE HOJE

AMBIENTE: Preparar o espaço festivo da celebração com a imagem de São Leonardo Murialdo em destaque. Pode-se deixar em evidência o banner do Ano Murialdino, vela acesa, flores, Bíblia Sagrada e outros objetos que falam da vida. 

DIRIGENTE: – Bem vindos irmãos e irmãs ao tríduo, em preparação da Festa de São Leonardo Murialdo. Este tríduo se reveste de grande significado para nós, porque estamos lembrando, neste ano, os 120 da morte de Murialdo e os 50 anos de sua canonização, acontecida em 1970 e celebrada pelo então Papa Paulo VI, hoje também santo: São Paulo VI. A celebração de hoje quer nos ajudar a conhecer e a viver práticas de São Leonardo Murialdo. Elas aconteceram há mais uma centena de anos, mas que se fazem presentes em nossos dias. Dai o tema que nos motiva: Murialdo vive hoje.

Canto inicial: à escolha.

Sacerdote ou ministro(a): – Iniciemos pedindo a proteção da Santíssima Trindade: Em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo.

Todos: – Amém.

Sacerdote ou ministro(a): – A graça, a paz, o amor imenso e misericordioso de Deus esteja convosco.

Todos: – Bendito seja Deus, que nos reuniu no amor de Cristo.

ATO PENITENCIAL

Sacerdote ou ministro(a): – Murialdo sempre sonhou e lutou para construir ao redor de si, junto com muitos educadores e educadoras, uma bem unida família. Rezemos a Deus por intercessão de São Leonardo Murialdo pelas nossas famílias a Oração do Ano Murialdino:

OREMOS: São Leonardo, nosso fundador e pai, /  que fizeste de tua vida …………

Dirigente: – Vamos agora ouvir algumas considerações sobre o tema de nosso encontro: Murialdo vive hoje.

Leitor 1: – Muitos já ouviram falar de Murialdo, mas vale recordar alguns aspectos: Ele viveu na Itália, na cidade de Turim. Nasceu em 1828 e morreu em 1900. Filho de família rica, tornou-se padre e, como padre, gastou toda a sua herança para atender as crianças, os adolescentes e os jovens mais pobres e abandonados. Foi diretor do Colégio Artegianelli, com meninos internos, durante 34 anos. A eles dedicou toda a sua vida sacerdotal. Sua meta era retirar os jovens da pobreza e por meio da instrução espiritual, social e profissional dar oportunidade a eles para serem pessoas felizes e qualificadas. Ele queria que todos fossem bons cristãos e honestos cidadãos; jovens que pudessem ajudar outros jovens, para também terem uma vida digna. Murialdo queria que seus educadores orientassem os jovens internos, que eram sempre entre 180 até 250, com uma pedagogia inclusiva, manifestada com atitudes de amigos, irmãos e pais. O internato devia ser uma bem unida família onde todos se quisessem bem. Por isso, ele insistia na educação do coração: não apenas educar a mente, dar instrução, mas educar o coração, os sentimentos e as emoções. Ele queria que seus educadores vivessem e divulgassem o amor misericordioso de Deus. Dizia: “Deus nos ama e isto é uma grande alegria”. Também afirmava: “estamos nas mãos de Deus, estamos em boas mãos”. 

Leitor 2: – Para continuar esta nobre missão, Murialdo fundou a Congregação de São José, os Josefinos de Murialdo. Assim, hoje ele vive por meio de tantos educadores e educadoras, em colégios, paróquias, obras sociais, em 16 países do mundo. Ele vive enquanto encontra corações dispostos a estarem mais perto dos jovens que, talvez hoje, se encontram em maiores dificuldades do que na época dele. Lá eles sofriam a pobreza de bens e de afeto, pois muitos eram órfãos. Hoje, nós dizemos que tem muitas crianças, adolescentes e jovens órfãos de pais vivos, pela pouca atenção dada a eles a partir da família, sem dizer as poucas chances oferecidas pela sociedade. Murialdo vive hoje nos religiosos Josefinos de Murialdo, nas Irmãs Murildinas de São José, no Instituto Secular Murialdo e nos Leigos Amigos de Murialdo, em tantas obras sociais, paróquias e escolas. O convite que Murialdo nos faz é o de vivermos concretamente o que o Papa Francisco nos pede: “Superar a globalização da indiferença. Os outros não são concorrentes ou pessoas que não têm nada a ver comigo. Somos interdependentes, interligados. Uns precisamos dos outros”. Todavia, o motivo maior de nossa atenção às crianças, aos adolescentes e aos jovens vulneráveis é que todos são filhos e filhas de Deus. Normalmente enxergamos os pequenos defeitos e temos dificuldade de reconhecer as inúmeras belezas das pessoas.

Leitor 3: – Murialdo vive hoje por meio de nós, que seguimos a vocação de filhos e filhas de Deus, mostrando com práticas o seu amor misericordioso, isto é, socorrendo os mais necessitados. Ele vive, por meio de nós, o amor misericordioso de Deus em atitudes de escuta, de apoio, de compaixão, de solidariedade, de amizade, de alegria, pois quem tem Deus no coração não desiste, apesar dos percalços da vida. A exemplo de Murialdo podemos ser atuantes na comunidade, organizando grupos de oração, grupos de solidariedade, grupos de escuta e de visita às pessoas idosas e doentes. Sobretudo, podemos ser presença e apoio às organizações que dão atenção às crianças mais vulneráveis, para que possam ter uma vida digna de filhos e filhas de Deus. Murialdo trabalhou até a morte com a missão de cuidar e amar. Assim ficou santo: um Santo extraordinário no ordinário. Hoje nós temos esta bela lição de vida.

Salmo 56 (do dia 15/05)

Evangelho: João 15,12-17 (do dia 15/05)

HOMILIA:

Para refletir e partilhar propõe-se (Deixar tempo para a partilha da reflexão):

  •  O Papa Francisco pede para nós vivermos a cultura do encontro. Como podemos nos organizar, para voltar a nos encontrar e a partilhar a vida, depois deste tempo de pandemia?
  • Murialdo insistia muito com os educadores para que se relacionassem com os jovens com muita ternura. O Papa Francisco fala que é preciso fazer a revolução da ternura. Como fazer isso em nossa vida pessoal, familiar, profissional e comunitária?
  • Murialdo, para estar junto das crianças, adolescentes e jovens empobrecidos, deixou de lado seus projetos pessoais, fortuna e cargos eclesiásticos. O que precisamos deixar de lado para dar atenção aos mais pobres, por meio de práticas concretas?
  • Que lições de vida podemos tirar deste tempo de coronavirus, que nos obriga ao isolamento e ao silêncio? O que estamos aprendendo?

Dirigente: – Vamos concluir nossa reflexão com o canto… (Sugere-se “Eu creio num mundo novo” ou outro que fala de esperança, utopia, …)

PRECES: Sacerdote ou ministro(a): – Diante do que ouvimos e partilhamos, vamos fazer, de modo espontâneo, nosso creio como prece a Deus que nos quer bem e conta conosco para a salvação do mundo. Após cada invocação rezemos juntos: Senhor, fortifique nossa vontade de ajudar os mais necessitados.

 1- Eu creio que, se eu escutar as pessoas necessitadas, estarei vivendo a prática de Jesus, que escutava os mais pobres. Rezemos: Senhor, fortifique nossa vontade de ajudar os mais necessitados.

2- Eu creio creio que não estamos sozinhos, e se nos deixarmos nos conduzir pelo Espírito Santo seremos instrumentos de Deus no mundo.

3 – Eu creio na família e na Igreja, onde aprendemos a mensagem de vida;, e se soubermos trabalhar em família e sintonia com a Igreja e tecermos redes solidárias seremos sal, luz e fermento na massa.

4- Eu creio na eucaristia e na partilha. Se tivermos a coragem de  mergulhar no mistério da eucaristia e vivê-lo, faremos a experiência do Cristo ressuscitado, que nos impulsiona para a caridade e partilha de vida com os irmãos mais pobres e sofredores.

5- Eu creio no mundo melhor cheio de fé, de paz, de amor e de esperança, sem violências, onde as pessoas são comprometidas e solidárias. Se tivermos a coragem de nos envolver em pastorais, movimentos e  organizações que promovam e protejam a vida, teremos mais êxito e sucesso.

Sacerdote: Bênção Final- O Senhor Jesus Cristo esteja ao nosso lado, para nos defender; dentro de nós, para nos conservar; diante de nós, para nos conduzir; acima de nós, para nos abençoar. Assim nos abençoe e nos proteja o misericordioso Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Amém !