Estamos no ano de 1976, ano em que o Prefeito José Richa concedeu o terreno para a futura EPESMEL. A escola não tinha cerca; era completamente aberta.

Bem antes, quando ainda era prefeito Belinati, ao logo da estrada de ferro vieram morar famílias, provenientes de locais diversos, pobres e muitas delas sem trabalhos. Havia entre eles muitas gente boa, mas também perigosas. Desde então as agressões e os homicídios marcou esta pequena população: até por causa do roubo de um galo.

Foi Belinati que mandou construir a estrada que ainda hoje existe, com o nome de “Rua Angelino Ferreira de Souza”, contornando a estrada de ferro. A população fora transferida para o atual local, formando o conjunto. Neste tempo, já o conjunto se caracterizava pelas agressões e violências. Dizem que cada semana aparecia um morto. Por isso surgiu a idéia de dar ao bairro, o nome de “AMPARO – NOSSA SENHORA DO AMPARO”. Os estudantes Josefinos, de teologia, que moravam na escola EPESMEL, começaram a prestar atendimento de catequese e ação social, coordenados pelo Pe. Antônio Lauri, diretor da escola.

O Pe. Esvildo Pelucchi, sacerdote josefino, também deu uma grande contribuição para o desenvolvimento deste bairro. Com a ajuda da “ADVENIAT” da Alemanha, foi construída a igrejinha e as partes adjacentes. Iniciou-se a celebração da Santa Missa, catequese e atendimento às famílias de uma maneira permanente e programada, com a ajuda dos estudantes teólogos Josefinos. Foi precisamente neste tempo, que foram definidos os limites da futura paróquia com a exclusão do bairro “Farid Libos”.

O Bairro “Novo Amparo” pelos anos 1983, quando era diretor da escola “EPESMEL” o Pe. João Boneto, recebeu a visita do Presidente da República , o “Exmo. Sr. João Figueiredo” acompanhado pelo então prefeito da cidade o Sr. Wilson Moreira. Nesta ocasião foi feita a inauguração do bairro como modelo de conjunto habitacional com estrada de asfalto, água e luz.

O bairro continuou a sua caminhada, fazendo parte da paróquia “Cristo Bom Pastor”. Deu-se mais impulso ao atendimento social, principalmente com a presença da escola “EPESMEL”, e com as atividades religiosas. Um grande incentivador foi o Pe. Esvildo Pelucchi.

A origem do título de “Senhora do Amparo” é muito antiga e provém do fato de Jesus Cristo, no alto da cruz, ter confiado os homens a sua Mãe Santíssima, para que ela os protegesse contra as ciladas do demônio. Por isso durante muito tempo foi denominada do “AMPARO” a Senhora da Soledade, que era representada aos pés do madeiro. Seu filho era invocado como Bom Jesus do Amparo.

Esta invocação tornou-se muito popular em Portugal, principalmente entre os marujos que, em suas longas e perigosas travessias marítimas, imploravam a proteção da Rainha do Mar. Assim, logo após a descoberta do Brasil, o culto à Senhora do Amparo Não tardou a atravessar o oceano e estabelecer-se entre nós. Sob a proteção de Nossa Senhora do Amparo, fundou-se o forte que deu origem à cidade de Fortaleza, capital do Ceará.

Entre as 23 Igrejas dedicadas a Nossa Senhora do Amparo, no Brasil, a mais antiga é Olinda, que já existia em 1617 e, administrada por uma confraria de mancebos solteiros, era tão aristocrática, que proibia a inscrição, em suas fileiras, de negros, judeus e mulatos. Em flagrante contraste com a irmandade pernambucana, a Igreja de Nossa Senhora do Amparo de Diamantina pertencia a uma confraria de pardos.

As histórias das irmandades de Nossa Senhora do Amparo, tanto aristocráticas como populares, nos mostram que a devoção à Virgem não é privilégio de classe sociais, mas está no coração de todos os brasileiros. A festa de Nossa Senhora do Amparo coincide com a festa da “Assunção de Nossa Senhora”. Uma vez era sempre o dia 15 de agosto. Agora coincide com o Domingo mais próximo a esta data.